Consórcio, leasing, CDC ou à vista?
Conquistar o carro próprio é um sonho de muitos brasileiros porque representa a liberdade de ir e vir sem depender do transporte público e de aplicativos de corrida. Um veículo é um bem de alto valor agregado, por isso sua compra dever muito bem pensada para não trazer complicações financeiras.
Entender como funcionam as diferentes formas de pagamento pode ser um desafio, especialmente se você nunca teve um carro próprio. No entanto, esse conhecimento é fundamental para poder escolher a modalidade que mais combina com o seu bolso. Para ajudar você, vamos falar sobre como funciona o consórcio, o leasing, o crédito direto ao consumidor e a compra à vista.
Compra parcelada
De forma geral, o parcelamento é indicado para quem tem condições de se comprometer com uma dívida por muitos meses. É uma forma de pagamento que depende do score de crédito do comprador, por isso não é indicada para pessoas endividadas. De acordo com a sua reputação no banco de dados do Serasa ou do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC), você pode não conseguir o financiamento.
O ideal é que as parcelas não sejam superiores a 30% da sua renda mensal e que o parcelamento não ultrapasse 24 meses. Se a forma de pagamento escolhida não cabe nesse limite, recomenda-se buscar por um modelo de veículo mais barato ou esperar um pouco mais para realizar a compra.
O financiamento de carros usados não é muito diferente do financiamento de carros novos. A diferença mais importante está nas taxas, que variam de acordo com a desvalorização do modelo escolhido.
A compra parcelada é uma opção que se divide em quatro modalidades de pagamento: o consórcio, o leasing e o crédito direto ao consumidor. Cada uma tem as suas particularidades. Veja a seguir:
1. Consórcio
O consórcio funciona através de uma empresa que administra um grupo de compradores para pagar as prestações do financiamento. Mês a mês, os consorciados são sorteados para receber o veículo. Os participantes podem adiantar as parcelas, e nesse caso o maior lance é o vencedor do consórcio. Se o comprador for inadimplente, o consorciado passa a concorrer apenas com outros clientes na mesma situação.
O grande diferencial do consórcio é que não existe taxa de juros, mas sim uma taxa de serviço que pode variar de acordo com a instituição escolhida. Mas é importante ficar atento! Nem sempre as taxas de serviço são mais vantajosas que os juros, por isso é importante pesquisar bastante antes de se comprometer.
A desvantagem nítida é que o comprador pode demorar um bom tempo para ter o veículo nas mãos. Por isso, se você não pode ficar sem carro por um tempo, o financiamento não é uma boa opção. Outro ponto importante é que o preço das parcelas acompanha a flutuação do preço do veículo no mercado e de algumas taxas como o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
2. Leasing
O leasing é uma modalidade de compra parcelada que funciona da mesma forma que um aluguel, como o próprio nome diz. O veículo fica em nome da instituição financeira até o comprador pagar todas as parcelas. Quando todo o financiamento estiver quitado, é possível trocar a titularidade do carro.
O maior ponto positivo do leasing é que os juros não sofrem nenhuma alteração ao longo do tempo de financiamento, já que são definidos no contrato. Portanto, é uma ótima opção para quem gosta de ter previsibilidade financeira para poder se planejar a longo prazo. O maior ponto negativo é o caso de inadimplência, em que o comprador tem o veículo tomado sem receber nada das parcelas pagas anteriormente.
3. Crédito Direto ao Consumidor (CDC)
O Crédito Direto ao Consumidor ou CDC é uma das modalidades de financiamento que mais cresce no mercado brasileiro. Essa forma de pagamento funciona como um empréstimo direto do banco para o consumidor. O carro sai da concessionária já no nome do comprador e não pode ser vendido até a quitação total das parcelas.
Assim como o leasing, o CDC tem juros fixos determinados no contrato e está sujeito às variações do IOF pose tratar de um empréstimo. No caso de inadimplência, o banco entra com uma ação judicial para que o carro vá a leilão. O valor arrecadado na venda é aplicado nos débitos restantes, e em caso de excedência o restante retorna para o comprador.
Compra à vista
A compra à vista é, sem dúvida, a forma de pagamento com mais vantagens. A aprovação da compra é bem mais rápida que o financiamento, já que não depende da consulta do score de crédito do comprador. Outro ponto positivo é que a compra à vista permite que o vendedor tenha mais liberdade e flexibilidade para negociar com você as condições de pagamento. Mais além, é uma excelente opção para quem já tem um financiamento em curso e para quem tem o nome sujo por conta do endividamento.
Apesar dessas vantagens, é importante dizer que a compra à vista não é uma modalidade que serve para todo mundo. Quitar o pagamento do carro todo de uma vez não pode zerar a sua conta bancária. Imprevistos acontecem, e ter uma reserva de emergência é fundamental para não passar por perrengues financeiros.
Se você tem saldo o suficiente para adquirir o veículo e ainda ter uma reserva de emergência, então a compra à vista é uma excelente opção de pagamento. Mas se escolher essa modalidade vai deixar você sem um dinheiro de reserva, o ideal é apostar no pagamento parcelado.
Afinal, qual é a melhor forma de pagamento para comprar um carro?
Parece uma resposta muito óbvia, mas a verdade é que não existe uma modalidade de pagamento que seja absolutamente melhor que as demais. A melhor forma de pagar seu seminovo depende de quais são as suas necessidades e do que o seu orçamento permite.
Com isso em mente, é fundamental fazer um bom planejamento financeiro antes de tomar uma decisão. Você pode começar colocando todo o seu custo de vida na ponta do lápis: despesas da casa, alimentação, saúde, escola das crianças, lazer, entre outros gastos. Em seguida, estime os gastos que você vai ter com o modelo de veículo que você quer comprar. Assim, é possível entender qual modalidade de pagamento mais combina você.
Vale destacar que as despesas de um carro não se resumem apenas ao custo de aquisição. Existem gastos que são recorrentes, como abastecimento, seguro, manutenção e impostos. Por isso, é fundamental organizar as suas finanças com antecedência.
Ainda tem dúvidas sobre qual modalidade de pagamento mais combina com o seu orçamento? Entre em contato com a Go Cars. Aqui você encontra vendedores especializados para ajudar você a tomar a melhor decisão de compra.