Como se planejar para comprar seu carro ainda este ano
Acha que vai terminar o ano sem seu carro na garagem? Nada disso. Se você quer trocar de veículo ou realizar o sonho de ter seu carro próprio, a hora de se planejar é agora! E para você tirar essa meta do papel, separamos uma série de dicas para você escolher o melhor carro e fazer um bom negócio.
Saiba como fazer um bom planejamento, desde a definição do seu orçamento e a escolha do carro, até o pagamento, sem se enrolar com dívidas.
Conheça o seu orçamento
Sempre que vamos fazer uma compra grande, como um carro, é fundamental conhecer o nosso orçamento para evitar qualquer problema financeiro. Se você já faz o registro dos seus ganhos e gastos, essa parte será muito mais rápida. Se não faz, é hora de começar.
O primeiro passo é colocar no papel ou em uma planilha qual é a sua renda mensal. Se você tem um salário fixo, considere o valor líquido (já descontado os impostos). No caso de autônomos, considere a média recebida nos últimos três meses. Coloque na conta também o que você fizer de renda extra.
Em seguida, detalhe quais são as suas despesas fixas e variáveis. Valor do aluguel, mensalidade da escola dos filhos, academia, conta de internet, etc, são gastos fixos, pois existe um valor que não muda e você sabe que precisa pagar mensalmente. Já as contas como supermercado, luz e água são gastos que variam, mas você pode usar a média dos últimos três meses.
Na lista de despesas não deixe de fora aqueles gastos como presentes, passeios, almoço fora, vestuário e outros. Ainda que não sejam gastos necessários, eles ocupam parte do seu orçamento e você precisa saber quanto está gastando.
Agora que você já conhece o seu orçamento, defina até quanto você está disposto a gastar na aquisição do seu carro. O próximo passo é saber qual carro escolher e como encaixá-lo nesse orçamento. Lembre-se que em caso de financiamento, o ideal é que o valor da parcela não ocupe mais que 30% da sua renda.
Escolha o melhor carro para você
Algumas pessoas atropelam a parte do orçamento e começam logo a procurar pelo carro. Ter uma noção do valor do carro que você quer é importante, mas quando você faz o caminho inverso, você otimiza as suas buscas.
Imagine que você está sonhando com um SUV premium de seis dígitos, mas quando você faz seu orçamento, você percebe que ele não cabe na sua realidade? Você perdeu um tempo precioso com a busca.
Portanto, saber escolher o melhor carro para você, também significa escolher aquele que cabe no seu bolso. E isso vai muito além do valor de aquisição. Vale lembrar que o preço do carro é apenas o primeiro gasto, mas você precisa considerar também as despesas mensais que devem ser pagas para manter esse bem.
Por isso, para fazer uma boa compra, é importante saber qual o consumo do veículo, qual o custo de manutenção, o preço das peças para reposição, o valor do IPVA e do seguro auto. Esses são os gastos básicos que você terá e que também devem estar no seu orçamento.
Carro novo ou seminovo?
Já parou para pensar em como o ano do carro também faz diferença no seu planejamento financeiro? Essa informação indica se o carro é novo ou seminovo, mas também interfere no custo do seguro, do IPVA e do preço de revenda.
O carro novo (zero km), por exemplo, terá ao menos dois anos de desvalorização antes de ter seu preço de mercado estabilizado. Alguns carros podem perder cerca de 20% do valor original só por ter saído da concessionária.
O carro seminovo, por outro lado, tem menos de três anos e já passou pela grande desvalorização. Logo, se você adquire um carro usado hoje, você tem mais chances de vendê-lo por um preço aproximado daqui a alguns anos.
Além de serem mais baratos, os carros seminovos também podem estar em excelente estado de conservação e serem mais completos que os novos de entrada. Assim, você consegue fazer uma boa compra, gastando menos.
Quando é melhor comprar à vista
Comprar um carro à vista exige bastante planejamento, mas não é impossível, mesmo para quem ganha pouco (falaremos disso mais para frente). Na verdade, essa forma de pagamento tem muitas vantagens.
A primeira é a possibilidade de economizar, pois você pode negociar o valor do veículo com a condição de pagar na hora. Além disso, você sairá da loja com um carro e nenhuma dívida, porque o veículo estará completamente quitado. Logo, você pode partir para a próxima meta, sem se preocupar.
A segunda vantagem é que, ao contrário do financiamento, consórcio ou leasing, você pagará apenas o valor do veículo, sem juros. Isso é muito importante porque se você parcela o carro e paga a mais por ele por causa dos juros, dificilmente você conseguirá reaver esse valor com a revenda.
Pagar à vista também é melhor para pessoas que já possuem outras dívidas, como financiamento de um imóvel, parcelas altas de faculdade ou empréstimos. Assim, você corre menos risco de se enrolar com as dívidas em algum momento de dificuldade financeira. Essa forma de pagamento também é mais segura para pessoas que não têm um bom controle financeiro ou estabilidade de emprego.
Mas para comprar um veículo à vista e não ficar descapitalizado, é importante que você tenha uma reserva de emergência. A reserva corresponde a uma economia equivalente a seis meses das suas despesas. Esse valor deve ser aplicado em um investimento de liquidez diária para que esteja disponível para saque em qualquer momento que precisar. Por exemplo, no caso de doença, acidente, etc.
Quando vale a pena financiar
E o financiamento, vale a pena? Se você precisa do carro para trabalhar, vale a pena. Isso porque você irá utilizar o veículo para gerar renda, logo, seu trabalho já irá pagar as parcelas e você ainda irá lucrar.
Já se você precisa do carro imediatamente para uso particular, é interessante dar um valor de entrada maior. Assim, você terá menos parcelas, logo os juros serão mais baixos e a dívida pode ser quitada mais rapidamente. Como consequência, o valor total do carro não sairá tão alto.
Mas vale lembrar que para uma pessoa que não tem controle financeiro, esse modelo não é indicado por causa do risco de endividamento. Geralmente, quem tem um histórico ruim como pagador tem um score de crédito baixo, o que faz com que os juros se tornem mais altos.
Além disso, quando você atrasa um pagamento com o banco ou fica inadimplente, a conta se torna mais cara e pode ficar ainda mais difícil de quitar. Se você de fato deixar de pagar, a instituição financeira pode inclusive pegar o carro de volta.
Por outro lado, se você é uma pessoa organizada com as contas, você tende a ter um bom score de crédito e juros mais baixos. Isso quer dizer que os bancos confiam que você será capaz de pagar as parcelas do carro no dia certo. Logo, a dívida será menor por conta da sua credibilidade como bom pagador.
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Aprenda a ganhar mais e gastar menos
E o que você pode fazer para comprar seu carro à vista em menos tempo, ou dar uma entrada maior no financiamento? O primeiro passo é colocar a compra do carro como uma meta. Defina qual é o valor que você precisa acumular e o prazo para que isso aconteça.
Por exemplo: ter R$12 mil reais em seis meses para dar uma entrada no financiamento. Nesse caso, você precisaria juntar R$2.000,00 por mês para que isso aconteça. Parece impossível? Tudo depende do seu planejamento e do quanto você está disposto a se esforçar pela meta.
Se com a sua renda mensal atual e as suas despesas, você não consegue fazer sobrar R$2.000,00 na conta, é preciso avaliar os seus gastos. Será que tudo que você gasta hoje é realmente necessário ou você pode economizar aqui e ali?
Se você já cortou tudo que era possível e ainda não deu, é hora de pensar em alternativas para aumentar a sua renda. Você pode pedir um aumento no emprego, mostrando ao seu chefe que o seu trabalho vale mais. Ou você pode fazer renda extra vendendo produtos, serviços ou coisas que você não usa.
Se ter um carro dentro desse prazo é tão importante para você, use a criatividade para atingir a sua meta e fazer o melhor negócio. E não deixe de montar aquela reserva de emergência.
Aprenda a investir
Agora que você descobriu como ganhar mais e gastar menos, o terceiro passo é aprender a investir o que sobrar. Para que o seu dinheiro cresça mais rápido, você pode aplicá-lo em investimentos seguros que irão render juros compostos a seu favor.
Você sabia que você mesmo pode emprestar dinheiro a bancos e ao próprio Tesouro do governo, ao invés de só pagar juros e impostos a eles? Para aproveitar isso, você deve ter uma conta em corretora de valores e procurar investimentos compatíveis com as suas metas. Ou seja, que geram uma rentabilidade vantajosa dentro do prazo que você precisa.
Para quem está começando, o mais indicado são os CDBs (Certificado de Depósito Bancário) de liquidez diária que irão render menos, mas podem ser retirados a qualquer momento. Outra opção segura é o Tesouro Direto, que rende com base na taxa Selic (taxa básica de juros) ou no índice IPCA (índice de inflação).
Esses investimentos são mais conservadores, ideias para pessoas que têm aversão à perda. Mas é importante saber que, no caso da Renda Fixa, você não deve retirar o dinheiro do investimento antes do vencimento, sob risco de perder uma parte.
Independente disso, ao sacar o valor acumulado, haverá um desconto de Imposto do Renda (IR) sobre o que rendeu. Esse valor é regressivo e varia de 22,5% (até 180 dias) a 15% (acima de 720 dias). Apenas poupança, LCI e LCA não possuem desconto de IR.
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